O corretor de seguros foi procurado pela empresa para contratar um seguro de vida em grupo para os funcionários e sócios da empresa. Foi solicitada a contratação das seguintes coberturas: morte, invalidez total e parcial decorrentes de doença ou acidente. Essas coberturas eram para atender a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria ao qual a empresa fazia parte.
Durante a vigência da apólice, o sócio sofreu um acidente durante o trabalho que o deixou inválido. Ao pedir a indenização para a seguradora, foi surpreendido com a informação que a apólice não tinha cobertura para invalidez.
Ele provou que nas apólices anteriores essa cobertura era regularmente contratada.
A cobertura deixou de constar na apólice quando foi renovada em outra seguradora.
O corretor foi processado e condenado a indenizar mais de R$100 mil referente ao capital da cobertura que deveria ter sido contratada.
Esse prejuízo poderia ter sido evitado se contratado o seguro de Responsabilidade Civil Profissional.
No último dia 12 a Ultrapar divulgou por meio de nota aos seus investidores que foi alvo de um ataque cibernético que comprometeu parcialmente suas operações de distribuição.
Quando tomamos conhecimento de uma ataque cibernético a primeira cosa que pensamos é se esse evento estaria amparado em um seguro cyber (seguro de responsabilidade cibernética).
Nesse vídeo eu explico quais seriam as hipóteses desse evento e, em quais casos haveria cobertura no seguro cyber.
A Resolução da SUSEP a respeito da obrigatoriedade de informar o cliente sobre a remuneração do corretor entrou em vigor esse mês e caso ela não seja cumprida o corretor poderá ser multado.
As multas começam a partir de R$ 10mil e podem atingir R$ 500mil!
A comissão deve ser informada ao cliente antes da contratação do seguro. A Resolução não explica como deve ser realizada essa comunicação. Para evitar problemas, deixe claro o percentual nas propostas que serão apresentadas ao cliente.
Alguns corretores questionaram se essa multa estaria amparada no seguro de Responsabilidade Civil Profissional da Corretora de Seguros. Não, ela não está. Pois o seguro não ampara nenhum tipo de multa aplicada ao próprio segurado.
A dúvida é comum porque há em alguns produtos a cobertura para multas. No entanto, essa cobertura é para multas aplicadas a TERCEIROS em virtude de uma falha profissional do corretor, e não àquelas aplicadas ao próprio corretor.
Por isso é muito importante o profissional ficar atento e cumprir o que a norma estabelece. Como vimos o prejuízo pode ser bem em caso de descumprimento.
Em fevereiro de 2012, uma adolescente faleceu ao sofrer uma queda de uma atração do parque Hopi Hari.
Na época vários administradores foram indiciados pelo crime de homicídio culposo e na sequência foram processados criminalmente pela prática de referido crime. E qual seria a relação desse evento com o seguro D&O?
O seguro D&O ampara os custos para a defesa dos administradores. Nessa situação por exemplo, a apólice propicia ao administrador a possibilidade de contratar um bom advogado para que ele possa se defender das acusações. Apresentar os elementos que comprovam que ele fez tudo que era esperado do seu cargo. Ser acusado é diferente de ser culpado por algo, e todos têm direito a defesa.
No caso do diretor presidente (CEO) foi exatamente isso que ocorreu. Ele foi incluído na ação penal por homicídio culposo, e ele teve de recorrer até o Supremo Tribunal Federal para conseguir trancar a ação (cancelar a ação penal contra ele) e isso certamente implicou elevados honorários de advogados. E de acordo com os ministros do STF, de fato não há prova que a conduta dele deu causa a morte da menina, portanto ele não teve culpa, ou seja, não praticou homicídio culposo.
O seguro D&O nessa hipótese cumpriria exatamente a sua função, evitar que o administrador utilizasse seu patrimônio pessoal para arcar com a defesa de uma acusação decorrente da função dele de gestor. Ou seja, preservar o patrimônio pessoal, para que este não seja consumido por um ato de gestão.
E esse caso poderia acontecer com o gestor de qualquer empresa. Não precisa ser uma grande companhia, basta que ocorra um acidente fatal para que ele pode ser processado por homicídio. Foi o que aconteceu com os administradores do Osasco Plaza Shopping, da TAM e o que está ocorrendo com os administradores da Backer por exemplo. Em suma, não dá para pensar em um administrador exercer seu cargo com todos os riscos que isso implica, sem a proteção de um seguro D&O.
Para ter acesso a decisão do STF na íntegra, clique aqui:
Uma idosa, que já era paciente da dentista há muitos anos, foi realizar um novo tratamento dentário com a profissional.
Ela era diabética e hipertensa, condições que a dentista conhecia, afinal ela já havia realizado inúmeros tratamentos sem qualquer problema ou complicação.
Mas no último, ao aplicar a anestesia, a paciente sofreu uma parada respiratória na hora e morreu na cadeira da dentista.
A profissional foi processada e condenada por homicídio culposo, pois teria sido imperita causando a morte da idosa.
A dentista recorreu da decisão e foi absolvida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Ela conseguiu provar que não houve erro, que adotou todo o protocolo esperado, e que não poderia ter feito nada diferente para evitar lamentável ocorrido.
Provou que é inocente, que não houve falha. Mas isso não a livrou de pagar bons advogados para se defender cível e criminalmente
Agora imagine o desespero de um profissional ao ser acusado de homicídio!
Por isso que é tão importante ter uma apólice de RC Profissional com as coberturas adequadas para contratar um bom advogado. Já basta a preocupação com a acusação. Os custos financeiros não podem ser mais um peso nesse momento para o dentista, ele precisa contar com uma boa apólice.
Um detalhe importante é que esse caso poderia ter ocorrido com qualquer dentista em qualquer procedimento, até em um simples canal. Veja que todos precisam ter uma apólice.
Sim é possível emitir 100 apólices do seguro responsabilidade civil profissional advogados em 100 dias. Claro que isso não é uma tarefa fácil (se fosse você nem precisaria participar desse desafio para conseguir), há uma técnica para atingir esse resultado. E é sobre ela que conversarei contigo na primeira aula do desafio.
A primeira aula é dedicada especialmente a advogados.
O Brasil é um dos países que possui o maior número de advogados do mundo: são mais de 1 milhão de profissionais e você precisa vender apenas para 100 deles em 100 dias para começar 2021 com um bela carteira de RC profissional.
Vou te dar 3 exemplos reais de condenações de advogados “comuns” que não possuem grandes companhias como clientes, não têm grandes salários e em tese, não teriam um risco que justificaria a contratação de um seguro de RC Profissional advogados.
Escolhi justamente esses exemplos para que você possa convencer qualquer advogado que ele não pode fechar um contrato sequer sem a proteção de uma apólice. Vou te ensinar a técnica de venda pelo risco e como realizar prospecções para atingir esse número.
Esse ano foi atípico. Muitas mudanças que acontecerem jamais poderiam ser previstas. A pandemia provocou uma aceleração do acesso ao “mundo digital” para aqueles que ainda realizavam algumas tarefas somente pelo método convencional, tais como: compras, serviços e entretenimento.
Obviamente o mercado de seguros também foi impactado pela pandemia.
Alguns seguros foram mais impactos negativamente pelos efeitos da crise econômica e sofreram uma baita queda no resultado de prêmios emitidos.
O seguro auto passou a ser vendido digitalmente por outras plataformas. Até pelo Mercado Livre será possível contratar esse seguro, o que provoca uma concorrência de preço difícil para o corretor de seguros.
Os seguros de responsabilidade, na contramão dos seguros empresarias, cresceram bastante em 2020. Especial destaque para os seguros D&O, RC Profissional e Cyber que em plena retração econômica cresceram mais de 2 digítos. E continuarão a crescer em 2021.
Explico o porquê desse crescimento e o porquê da continudade nesse vídeo.
A tecnologia não acabará com o papel do corretor de seguros, no entanto a forma de atuação dos profissionais sofrerá mudanças em alguns ramos de seguros.
Os corretores que possuem foco nos chamados ramos massificados, especialmente no seguro automóvel, serão os mais impactados pelas mudanças provocadas pela tecnologia. Isso porque essa carteira representa a maior parte do faturamento da maioria deles e é justamente esse um dos produtos que vem sendo comercializado digitalmente.
Esse movimento começou com a Youse, logo em seguida surgiram as start-ups com contratações “intermitentes”, oferecendo coberturas reduzidas e prêmios menores. O que dificultou a concorrência com os corretores. Agora a SUSEP autorizou a comercialização totalmente digital e sem a intermediação de corretores no novo modelo apelidado de “Netflix do Seguro”.
De fato, é muito difícil concorrer nesse modelo de negócio. Por isso, os corretores precisarão se especializar em segmentos cuja complexidade inviabiliza a comercialização digital, como por exemplo, os seguros de responsabilidade profissional, administradores e cibernética.
Esses produtos são a base de reclamação e não permitem a comercialização na modalidade “liga e desliga”. O segurado não consegue contratar sozinho porque não entende o próprio risco, tampouco qual seguro o protege e quais coberturas e limites ele deveria contratar.
O papel do corretor continuará sendo importante, a tecnologia não acabará com a profissão. Entretanto, assim como advogados, engenheiros e médicos, eles precisarão se adaptar às mudanças impostas pelo desenvolvimento tecnológico para continuarem a ajudar na gestão dos riscos de seus clientes.