Recentemente a SUSEP divulgou os números consolidados de todos os ramos de seguros, dentre eles o de Riscos Cibernéticos (Cyber).
Comparando os números desse semestre com os de 2020 podemos observar que o mercado saltou de R$ 17 milhões para R$ 41 milhões. Como o volume de prêmio ainda é pequeno é normal esse percentual tão grande de crescimento.
O ranking das seguradoras se manteve praticamente o mesmo.
A AIG continua na liderança com R$ 18 milhões de prêmio emitido (mais que o dobro da segunda seguradora, Zurich R$ 7,5 milhões). Em 3º lugar a AXA XL com R$ 4 milhões.
Tokio ganhou bastante mercado. Estava apenas com R$ 122 mil no ano passado e nesse semestre atingiu R$ 3,6 milhões.
Chubb e Allianz passaram dos R$ 2 milhões de prêmio e na sequência aparecem Generali R$ 1,8 milhão, HDI R$ 355 mil, Sura R$ 45 mil e Newe R$ 1 mil.
São 10 seguradoras com o produto Cyber. Esse produto tem um enorme potencial de crescimento, no entanto os critérios de aceitação costumam ser rigorosos e a maioria das empresas não consegue atendê-los impossibilitando a contratação do seguro cibernético.
Não quero transformar as seguradoras em vilãs. Os critérios são rígidos porque o risco tem se apresentado cada vez mais alto e frequente. O ataque cibernético está deixando de ser um evento incerto e imprevisto.
Precisamos aguardar para saber se o risco cibernético poderá ser transferido para a seguradora, ou se essa parcela de transferência será cada vez mais restrita.