Estapar não indenizará clientes afetados por desastre no aeroporto de Porto Alegre

Seguro de RC não cobre danos causados por fenômenos da natureza

A Estapar divulgou que não indenizará os proprietários dos veículos danificados pela enchente. Agora você pode estar se questionando o porquê, uma vez que ela certamente tem um Seguro RC.

O seguro de RC é diferente de um seguro patrimonial. O RC cobre danos quando a empresa é responsável pelo ocorrido. No caso da enchente, trata-se de um fenômeno da natureza, algo que está fora do controle da Estapar.

Mesmo que o seguro cobrisse alagamentos, essa situação foi excepcional, com um volume de chuva equivalente a 1 ano em poucos dias. Seria o caso do risco excluído de danos causados por eventos de força maior ou fenômenos da natureza.

Por isso é tão importante cada um ter seu próprio seguro auto, pois aqueles que possuem essa cobertura receberão a indenização correspondente e não sofrerão prejuízos financeiros.

Antes de criticar a Estapar e a seguradora, é importante entender as diferenças entre um seguro patrimonial e um de responsabilidade civil.

E é justamente isso que vou te explicar na aula de terça-feira 04/06 às 20h30 ao vivo no YouTube

Além desse comunicado da Estapar falarei sobre os impactos da tragédia no mercado de seguros

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Tragédia no Rio Grande do Sul: as seguradoras com os maiores prejuizos no seguro auto

Descubra agora as 5 seguradoras que terão as maiores perdas na tragédia do Rio Grande do Sul e veja se essa situação pode afetar o mercado de seguro auto no Brasil

O desastre no Rio Grande do Sul afetou cerca de 200 mil veículos: desses, 30% estavam segurados. Dados da CNSEG sobre indenizações e os números de prêmios de 2023 divulgados pela SUSEP nos permitem estimar os prejuízos das seguradoras.

HDI Seguros

Muitos já previam que a HDI seria fortemente impactada, pois protege 14% dos automóveis no Rio Grande do Sul, o que representa 11% da carteira total dela no Brasil, de R$ 2,6 bilhões. O prejuízo estimado é de R$ 530 milhões, tornando-se a seguradora com a maior perda proporcional entre as 5 mais atingidas.

Tokio Marine

A Tokio terá o maior prejuízo em valores absolutos: a estimativa de indenizações é de R$ 616 milhões. Com um prêmio total de R$ 5 bilhões no Brasil, ela cobre 16% dos veículos no Rio Grande do Sul, a maior fatia de mercado dentre as seguradoras.

Porto Seguro

Com 13% dos automóveis gaúchos, a seguradora tem o 3º maior market share no estado. A estimativa de indenizações é de R$ 526 milhões. No entanto, o impacto na sinistralidade será menor comparado à HDI e à Tokio, devido à liderança no ramo, com R$ 7,4 bilhões de prêmio emitido em 2023.

Bradesco Seguros

A Bradesco Seguros, com 13% dos automóveis gaúchos, tem um prejuízo estimado de R$ 491 milhões em indenizações. Com um volume de prêmios total de R$ 5 bilhões, similar ao da Tokio, sofrerá menos impacto devido ao menor número de carros segurados no Rio Grande do Sul.

Allianz Seguros

Protegendo 9% dos carros gaúchos, a Allianz enfrentará um prejuízo estimado de R$ 357 milhões. Com um volume de prêmios total no Brasil de R$ 3,6 bilhões, a Allianz foi a seguradora com a pior sinistralidade em 2023 entre as 5 mais atingidas pela tragédia. Este ano, ela terá um grande desafio pela frente.

Esses valores referem-se apenas ao ramo de automóveis, sem considerar as perdas em outras carteiras às quais essas companhias também estão expostas. O impacto dessa tragédia não se limitará apenas aos números.

Agora, resta saber como esses prejuízos afetarão a precificação e a aceitação do seguro daqui para frente. Será que veremos um aumento nas taxas de seguro ou uma maior seletividade na aceitação de novos segurados?

Vamos discutir isso e os demais impactos dessa calamidade no mercado de Seguro na aula de terça-feira 04/06 às 20h30 no YouTube

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Fonte: volume de prêmio: SUSEP e dados sobre indenizações: CNSEG